almirante Marcos Olsen

Comandante da Marinha nega que rejeição ao nome de João Cândido na lista de heróis da pátria seja racismo

O comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, defendeu suas críticas ao projeto de lei que propõe incluir João Cândido Felisberto, líder da Revolta da Chibata, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.

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O comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, defendeu suas críticas ao projeto de lei que propõe incluir João Cândido Felisberto, líder da Revolta da Chibata, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Segundo Olsen, a Marinha se baseou em fatos para se posicionar contra a iniciativa, destacando que não se trata de racismo ou discriminação. Em uma carta enviada na semana passada, o comandante chamou os envolvidos na Revolta da Chibata de “abjetos marinheiros” e classificou o episódio de 1910 como uma página deplorável da história. “O que se colocou na discussão é que a posição da Marinha era de racismo, discriminadora. Absolutamente, não é isso. A Marinha é uma instituição que se posiciona pelo mérito”, declarou o almirante. “Me posicionei baseado em fatos. Não tenho nenhuma conotação ideológico-partidária. Aquela carta que enderecei ao presidente da Comissão de Cultura procura fazer uma síntese, um apanhado, dos fatos que ocorreram em 1910.”

O projeto de lei está em tramitação na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados e tem gerado polêmica. Olsen ressaltou que sua posição é baseada em fatos e não possui viés ideológico-partidário. Ele destacou a importância de reconhecer o marinheiro Marcílio Dias como um verdadeiro herói nacional, em contraponto a João Cândido. Dias participou da Guerra do Paraguai e teve seu braço amputado em combate. “Temos um herói negro, marinheiro, e casualmente nascido no Rio Grande do Sul. É o marinheiro Marcílio Dias. Participou da guerra, teve seu braço amputado na defesa da bandeira brasileira. Foi morto em combate”, declarou o comandante. Vale destacar que João Cândido também nasceu no Rio Grande do Sul.

Olsen reforçou que a Revolta da Chibata foi um movimento legítimo contra os castigos físicos na Marinha, mas ressaltou que a maneira como João Cândido conduziu a revolta foi equivocada. O comandante destacou a condenação da prática de açoitamento, mas criticou a violência empregada pelos insurgentes em 1910. As declarações de Olsen geraram críticas no meio político e na sociedade. O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) considerou as falas do comandante “inaceitáveis e constrangedoras” para o governo.

Publicada por Felipe Cerqueira

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Fonte: Jovem PAN

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