Entrevista

José Trassi relembra filme de Arigó: "Mexeu com as bases da fé"

O filme Predestinado – Arigó e o Espírito de Dr.

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Foto: Portal Making Of

O filme Predestinado – Arigó e o Espírito de Dr. Fritz foi lançado em 2018 e desde o fim de março faz parte do catálogo da Netflix. A trama espírita conta a história de José Pedro de Freitas, mais conhecido por Zé Arigó (Danton Mello).

Durante a década de 50, uma época em que a religião espírita não era tão conhecida e respeitada no país, Arigó tornou-se um símbolo de esperança por meio de suas cirurgias e curas espirituais. Baseada na história real, Arigó, com o auxílio do espírito de Dr. Fritz fez inúmeras cirurgias espirituais em pessoas do Brasil e do mundo.

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Arigó era um homem simples que morava junto com a sua esposa Arlete (Juliana Paes) em Congonhas, Minas Gerais. Após várias dores de cabeça, insônia e visões, Arigó passou a ouvir vozes e sonhar com uma pessoa que se denominava como Adolph Fritz, um médico alemão desencarnado durante a Primeira Guerra Mundial.

Arigó passou a fazer os desejos de Fritz, curando pessoas que precisavam de cirurgias espirituais. Apesar da desaprovação da Igreja Católica e das autoridades civis, Arigó fundou uma clínica na Rua Marechal Floriano, em Congonhas, onde chegava a tratar, gratuitamente, até duzentas pessoas por dia.

Além de Juliana Paes e Danton Mello, o elenco primoroso da obra conta ainda com nomes como José Trassi, Marcos Caruso, Marco Ricca, Alexandre Borges, Cassio Gabus Mendes, James Faulkner, Carlos Meceni, entre outros.

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A reportagem de OFuxico conversou com José Trassi, que na trama, interpreta o personagem apelidado como Preto, um dos fiéis escudeiros de Arigó.

"Eu tive o privilégio de interpretar o Sr. Walmor dos Santos , escrivão de Arigó. Ele era um dos únicos que entendia a letra do Dr Fritz. Walmor era abstêmio e celibatário", contou Trassi.

OFuxico: Para você, como foi mergulhar no universo de Arigó?
José Trassi:
Para mim, foi muito interessante. Eu queria muito fazer parte deste filme. Por contar a história de uma pessoa que curou a vida de milhões de pessoas. Fiquei sabendo que tinha uma linha de ônibus que ia do Uruguai direto para Rio Novo… Arigó realmente mexeu com muita gente. Meu personagem, o Preto, existiu mesmo. Ele transcrevia as receitas feitas por Arigó. Nos bastidores, para mim, foi muito interessante estar ali presente porque foi bem na época em que eu parei de beber, parei de fumar. Além disso, foi emocionante ver como o filme mexeu com as bases da fé de elenco, produção e todos os envolvidos.

OFuxico: Como você avalia a lealdade e amizade do seu personagem com Arigó?
José Trassi:
O Preto era braço direito e esquerdo de Arigó. Tanto ele quanto um núcleo de pessoas que ficaram com Arigó até o fim. Na passagem do julgamento, na prisão. Tinha uma coisa de propósito maior entre eles, além de testemunharem curas.

OFuxico: Como foram os dias de filmagens?
José Trassi:
Os dias de filmagens foram muito legais. Todos nos receberam com muito carinho. A gente ficava bem concentrado cada um num chalé e nos intervalos, a gente ia para a cachoeira, ficávamos perto da natureza. Foi tudo muito leve.

OFuxico: Você chegou a se sensibilizar com determinadas cenas? Pode contar?
José Trassi:
Nos últimos destaques do longa-metragem, tem uma cena em que eu me emocionei muito. Foi um momento em que Arigó reabre o centro espírita. Eu estava bem emocionado e aquilo foi muito real. Eu me arrepiava bastante nas cenas.

OFuxico: A história de Arigó te fez refletir sobre a vida?
José Trassi:
A história de Arigó me fez refletir sobre a vida da mesma forma que eu venho refletindo desde os meus 17 anos, desde que eu me iniciei nesses conhecimentos. O filme foi uma confirmação para mim de que eu estava no caminho certo, que eu estava me tratando melhor na vida. Com certeza foi como um presente para mim e também foi bonito ver como o filme transformou as pessoas do próprio filme.

Fonte: O Fuxico

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