Nascido em Itabaiana, na Paraíba, mudou-se para a Bahia, onde passou a integrar o movimento Cinema Novo. A abordagem humanizada e com especial atenção às questões sociais foi considerada inovadora e se fez presente nos mais de dez documentários que produziu ao longo de seus 89 anos. Filósofo por formação, era presença constante em debates e mobilizações democráticas.
Em 1964, durante o Golpe de Estado que instalou a ditadura militar no país, Vladimir e Eduardo Coutinho filmavam Cabra Marcado para Morrer, no engenho Galiléia, em Pernambuco. Depois de algum tempo no interior do estado sob outra identidade para fugir da repressão, seguiu para o Rio de Janeiro, onde atuou como jornalista.
Em 69, Vladimir apresentou o curta metragem A Bolandeira no Festival de Cinema de Brasília. Foi convidado por Fernando Duarte, companheiro das filmagens do Cabra Marcado para Morrer, para participar do núcleo de produção de documentários do Centro Oeste na Universidade de Brasília (UnB), e não deixou mais a capital federal. Nela, fundou a Associação Brasileira de Documentaristas seção DF. Nos anos 1980 filma os longas O Homem de Areia (1981) e O Evangelho Segundo Teotônio.
Em 1994, Vladimir criou a Fundação Cinememória. Quatro anos mais tarde, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) concedeu ao cineasta o título de Cidadão Honorário de Brasília. O ano marca ainda a produção do longa metragem Barra 68, que conta as agressões que a Universidade de Brasília sofreu durante a ditadura. Em 2004, é nomeado embaixador cultural de Brasília- reconhecimento sobre seu legado e contribuição inestimáveis, seja para a cultura, seja para a sociedade brasileira.
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