A influenciadora não conseguiu obter sucesso na ação que movia contra o programa e seus apresentadores pela cobertura de sua prisão em setembro.
Deolane Bezerra, influenciadora e advogada, perdeu a ação judicial que movia contra o programa Fofocalizando, o apresentador Leo Dias e a emissora SBT, devido à cobertura de sua prisão em setembro de 2024. A ação foi oficialmente arquivada no dia 15 de janeiro de 2025, e não cabe mais recurso, conforme decisão da 6ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
O processo havia sido movido por Deolane e sua família, que alegaram que a cobertura de sua prisão foi ofensiva e prejudicial à sua imagem. A influenciadora e suas irmãs, Dayanne e Danielle Bezerra (também advogadas), disseram que foram chamadas de "criminosas" e "bandidas" pelos apresentadores, especialmente Leo Dias, durante a exibição do programa. Como resultado, eles solicitaram uma indenização de R$ 30 mil por danos morais, além de uma retratação pública no programa, e a retirada do ar de conteúdos que consideraram ofensivos.
No entanto, o desembargador Vito Guglielmi, responsável pelo julgamento, negou os pedidos de Deolane. Em sua decisão, ele afirmou que não havia provas suficientes para caracterizar dolo (intenção de prejudicar) nas declarações feitas no programa. Além disso, o magistrado argumentou que as informações divulgadas sobre a prisão de Deolane não eram exclusivas do Fofocalizando, sendo amplamente divulgadas por outros meios de comunicação. Guglielmi também apontou que a proibição do uso do nome de Deolane no programa poderia configurar censura prévia, o que não é permitido pela Constituição brasileira. Por fim, ele determinou o arquivamento do processo e a responsabilidade de Deolane pelo pagamento das custas judiciais.
Essa decisão finalizou um longo processo judicial em que Deolane Bezerra buscava reverter o que considerava como danos à sua imagem. Contudo, a decisão do tribunal reflete a dificuldade de contestar conteúdos amplamente veiculados na mídia, especialmente quando envolvem questões de interesse público.