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Cinema

Três primeiros capítulos da série Bitoques & Imperiais já estão disponíveis no YouTube

Produção busca construir uma imagem de Portugal através do olhar de imigrantes de diferentes partes do mundo


Divulgação

São Paulo, outubro de 2024 - A série Bitoques & Imperiais, que estreou em setembro no YouTube, vem proporcionando boas risadas ao contar sobre a vida de brasileiros que decidiram empreender, trabalhar, criar e morar em Portugal.

A ideia de criar uma série com este viés surgiu durante encontros entre os dois amigos, sempre regados a bitoques (tradicional prato português) e imperiais (cervejas que, sob pressão, começam seu percurso num barril ou numa cuba, passam por uma bomba e saem por uma torneira).

"Começávamos a falar sobre projetos, e sempre terminávamos a conversa tomando uma imperial e comendo um bitoque. E sempre falávamos sobre o filme Coffee and Cigarettes, do diretor americano Jim Jarmusch. A partir daí, surgiu a ideia de criar algo com essa essência: um formato que capturasse essas trocas descontraídas e os desafios da vida de imigrante", conta Yoshinaga, que atuou na série como diretor audiovisual.

A série Bitoques & Imperiais busca construir uma imagem de Portugal através do olhar de imigrantes de diferentes partes do mundo. "Além dos brasileiros, participam do projeto estrangeiros da China, Catalunha e Polônia", destaca Gieranczyk, produtor executivo.

Gieranczyk ressalta que os episódios de Bitoques & Imperiais não apenas discutem temas atuais, mas também trazem uma perspectiva íntima dos convidados, que revelam suas experiências e desafios em um país novo. "O objetivo é conectar com o público de maneira sincera e autêntica, sem grandes inovações de formato, mas com muito coração", reforça o produtor.

Gieranczyk, um dos produtores, já conquistou diversos prêmios, como Melhor Filme Underground no Boston Shot Film Festival e no Viewpoint Documentary Film Festival (Bélgica), além de Melhor Filme no Super Shorts London e New York com o seu filme The Prisoner, lançado mundialmente em 2022.

Para Yoshinaga, o projeto também tem um toque pessoal. "Eu estava passando por um divórcio e pensar nessa série me deu um novo propósito. A gente trouxe muito do que é importante para nós, desde os restaurantes onde gravamos até as histórias que contamos", relembra ele.

A obra foi desenvolvida pela 7800 Productions, produtora audiovisual baseada no lusitano e no Brasil.

Os episódios estarão disponíveis exclusivamente no canal do YouTube da produtora que realizou o projeto, a 7800 Productions, acessível pelo link [inserir link]. Lá, os espectadores podem conferir os novos episódios uma vez por semana e explorar mais sobre o projeto.


Síntese do primeiro capítulo

Vários imigrantes revelam como chegaram a Lisboa e quais foram suas primeiras experiências, sobretudo aquelas que remetem à cultura brasileira. São eles: Carolina Alves (Carol do Acarajé), Marcos Petroni (Green Culture), Ludmila Bonelli (Be Belle) e Marcelo Bastos (Sizebay). Para todos eles, Portugal se tornou sua segunda casa.

"Os brasileiros que moram aqui sempre sentem vontade de matar a saudade de casa, não importa se são do Nordeste, Sul, Centro-Oeste ou Sudeste. São brasileiros, e muitas vezes, quando estamos no Brasil, não damos tanto valor ao nosso feijãozinho carioquinha ou ao tropeiro", afirma Carol do Acarajé. Foi com a ideia de proporcionar momentos mais verdes e amarelos a essas pessoas que ela começou seu negócio.

Ludmila, advogada, lançou no país europeu, ao lado de sua irmã, Alessandra Pinheiro, sua marca de cosméticos, a Be Belle. Com 30 anos de experiência em tratamento de pele, elas acreditaram que era possível empreender em outro país e iniciaram o processo por conta própria. "Hoje, estamos colhendo os frutos dessa colaboração, com uma execução mais organizada e aprendendo cada vez mais nesse caminho", conta ela.

Marcos e Marcelo também revelam como foi empreender no país europeu.


Síntese do segundo capítulo

O segundo capítulo mergulha no mercado imobiliário de Portugal e fala sobre as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros que chegam a Lisboa.

Catarina mora em Lisboa há seis anos e, logo ao chegar, enfrentou dificuldades com moradia. Após a reserva de um apartamento ser cancelada, ela e suas amigas encontraram um local com condições precárias: um T3 com três beliches por quarto, apenas uma casa de banho compartilhada, e problemas com espaço e respeito pelos pertences. A falta de estrutura, como lugar para lavar roupa e até roupa de cama, tornava o ambiente caótico e cansativo. "Eu tentava me manter ocupada o dia todo para conseguir descansar à noite, pagando 250 euros por uma cama", conta ela.

Tiago Prandi sempre teve uma forte conexão com o mar, praticando esportes como surfe e triatlo. Ao se mudar para Portugal, descobriu o remo, esporte que pratica há sete anos, proporcionando uma experiência de liberdade e conexão com a natureza, longe da tecnologia, com vistas incríveis de Lisboa. O projeto Conexão Europa Imóveis surgiu de um desafio proposto por um amigo, ao reimaginar a gestão de apartamentos para turismo em Lisboa. "A inovação na gestão de alojamentos atraiu clientes e, em pouco tempo, o negócio expandiu, com amigos e conhecidos solicitando serviços e investimentos imobiliários", detalha ele.

Outros brasileiros também contam suas experiências relacionadas ao mercado de imóveis no segundo capítulo. São eles Pedro Aguiar, Tom Pessôa e Danielle Soares, entre outros.


Síntese do terceiro capítulo

O terceiro capítulo da série conta a história de pessoas que trabalham com arte em Portugal. É o caso de Joana Latka, artista plástica que divide sua vida entre o país lusitano e a Polônia há 20 anos. Inicialmente, veio ao país pelo programa Erasmus, sem a intenção de permanecer. "O mercado de arte aqui é desafiador devido ao limitado poder de compra e à pequena elite que investe em arte. Embora consiga vender minhas obras, isso não é suficiente para viver exclusivamente da arte", diz ela, que também dá aulas na faculdade. Para Joana, participar de exposições e concursos é essencial para manter seu ritmo criativo. "Trabalhar com arte, apesar de ser um processo exigente, é uma experiência profundamente gratificante".

João Marcos Cavalcante chegou a Portugal em março de 2016 e desde então tem trabalhado com arte. Para ele, Lisboa é uma cidade de grande potencial, mas também enfrenta desafios em criar uma economia sustentável que vá além de nichos específicos como hotelaria e restauração. "Comparando com o Brasil, onde há muitas oportunidades de negócios, observo que a realidade em Portugal é mais restrita - o que também impacta a cultura e o setor artístico", acredita João. Ele destaca que, para um artista sobreviver no país, é comum participar de projetos paralelos e manter outros trabalhos. Além disso, as temáticas das exposições, segundo João, são essenciais para refletir e contribuir com o contexto social em que estão inseridas.

No final do episódio, eles e outros convidados, como a atriz e cantora Vaniny Alves e o ator e produtor cultural Hugo Sovelas, comem bitoque e tomam imperial no restaurante A Tasca, em Mem Martins.


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