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Outubro Rosa: Entrevista com o Oncologista Dr. Fernando Zamprogno sobre a Prevenção do Câncer de Mama

Para marcar o Outubro Rosa, entrevistamos o Dr. Fernando Zamprogno, oncologista da Kora Saúde, para discutir a importância do diagnóstico precoce e o impacto das campanhas de conscientização no combate ao câncer de mama.

Por Redação da GLP4

30/10/2024 às 22:03:31 - Atualizado há
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  1. Como as ações realizadas durante o Outubro Rosa têm ajudado a reduzir o número de casos avançados de câncer de mama?

    Dr. Fernando explica que a campanha do Outubro Rosa incentiva o diagnóstico precoce, orientando as mulheres a realizarem exames preventivos, como a mamografia e o ultrassom, anualmente. Essa conscientização constante contribui para aumentar o número de exames realizados e detectar alterações em estágios iniciais da doença, proporcionando um tratamento mais eficaz e menos invasivo.

  2. Qual a importância da rede de apoio, tanto familiar quanto profissional, no tratamento das pacientes?

    O oncologista destaca que a rede de apoio é essencial para que a paciente se sinta acolhida e não desista do tratamento. Além do médico principal, uma equipe multiprofissional, incluindo radiologistas, mastologistas, psicólogos e fisioterapeutas, colabora no cuidado integral à paciente, enquanto a presença da família reforça o suporte emocional durante o processo.

  3. Existem hábitos de vida que podem reduzir significativamente o risco de desenvolver o câncer de mama?

    Dr. Fernando aponta que, além dos fatores genéticos, há aspectos do estilo de vida que podem ser modificados para reduzir os riscos. Manter uma alimentação equilibrada, praticar atividade física regular, e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool são recomendações que, segundo ele, ajudam na prevenção.

  4. Quais os principais desafios enfrentados pelas mulheres em regiões com menor acesso aos exames preventivos?

    Nas regiões onde o acesso a exames é mais limitado, a realidade das pacientes pode ser marcada por longas filas e prazos de espera para laudos e biópsias. O oncologista aponta que a falta de infraestrutura adequada e a distribuição desigual de profissionais dificultam o diagnóstico precoce, especialmente nas regiões mais afastadas dos grandes centros.

  5. Há novas tecnologias ou tratamentos em desenvolvimento que estão mudando o cenário da prevenção ou do tratamento do câncer de mama?

    O Dr. Fernando destaca a tomossíntese, um avanço na mamografia, que permite examinar setores específicos da mama, aumentando a sensibilidade do diagnóstico. Em termos de tratamento, ele menciona os anticorpos monoclonais e os biossimilares como importantes inovações que estão aumentando as opções de tratamento e acessibilidade para os pacientes.

  6. Como os profissionais de saúde podem ajudar na conscientização do público em geral, além das campanhas como o Outubro Rosa?

    Para o oncologista, a conscientização precisa ser constante, e não apenas em outubro. Ele incentiva os profissionais de saúde a orientarem as pacientes sobre a importância dos exames regulares, ao longo de todo o ano.

  7. O que as empresas e organizações podem fazer para apoiar essa causa e promover a saúde de suas colaboradoras?

    Dr. Fernando acredita que as empresas podem contribuir ao promover ações de saúde e bem-estar, incentivando práticas como a atividade física e o abandono de vícios, como o tabagismo e o consumo de álcool. Ele aponta que iniciativas contínuas de saúde devem ser uma prioridade, e não apenas durante o Outubro Rosa.

  8. Quais são as maiores dificuldades encontradas pelas pacientes na fase de reabilitação após o tratamento?

    A fase de reabilitação, segundo o oncologista, é marcada pela necessidade de fisioterapia especializada e pelo acesso à reconstrução mamária. Dr. Fernando observa que, no sistema público, esses recursos ainda são limitados, enquanto a necessidade de deslocamento em busca de tratamento pode ser um obstáculo significativo.

  9. Como a saúde mental das pacientes impacta o processo de recuperação após o diagnóstico?

    O apoio psicológico é crucial para a recuperação, especialmente em casos de câncer de mama que envolvem mutilações. Dr. Fernando enfatiza que o suporte emocional deve ser constante e acessível, e que o cuidado integral da saúde mental é fundamental para a qualidade de vida e o processo de cura.

  10. O que você acha que ainda precisa ser feito para que mais mulheres tenham acesso a um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz?

    Para Dr. Fernando, é necessário um esforço contínuo para reduzir os prazos de espera e melhorar o acesso aos exames preventivos, especialmente no sistema público. Ele defende que exames como a mamografia deveriam estar prontamente disponíveis e que o processo diagnóstico deve ser rápido para que o tratamento adequado possa ser iniciado o quanto antes.

Dr. Fernando encerra reforçando que a conscientização sobre o câncer de mama deve ser constante. Ele acredita que cada mulher merece ter acesso à informação, ao diagnóstico precoce e a um tratamento eficaz para que, juntas, possam combater essa doença.

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