A morte de uma brasileira, Taiany, na Holanda, cercada de mistério, gerou comoção e preocupações entre seus familiares. A polícia holandesa mantém sigilo sobre as investigações, limitando-se a declarar que "não serão fornecidas informações sobre uma possível investigação em andamento".
Taiany, pedagoga, vivia no país europeu com seu companheiro de 53 anos, com quem mantinha um relacionamento há três anos. A família relata que ela esteve no Brasil entre 14 de novembro e 27 de dezembro de 2024, período em que anunciou sua gravidez e o desejo de permanecer no país. Seu companheiro, no entanto, teria insistido em seu retorno à Holanda.
O caso ganhou repercussão, e o papel do Itamaraty tem sido questionado. O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral em Amsterdã, afirma estar acompanhando a situação e oferecendo assistência consular à família.
"O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Amsterdã, acompanha o caso e permanece à disposição para prestar assistência consular aos familiares da cidadã brasileira." disse o Itamaraty.
A assistência inclui orientações, contato com autoridades locais e emissão de documentos, como o atestado consular de óbito. Contudo, o Itamaraty esclarece que não divulga detalhes de casos individuais, em respeito à privacidade e à legislação vigente.
"Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações detalhadas sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros." concluiu o Itamaraty.
Um ponto crítico é o translado do corpo. A família de Taiany precisa arrecadar R$ 45 mil para cobrir as despesas, pois o decreto 9.199/2017 veda o uso de recursos públicos para esse fim. A responsabilidade recai integralmente sobre os familiares.
A família de Taiany enfrenta uma corrida contra o tempo, buscando não apenas respostas sobre a morte de sua ente querida, mas também os recursos financeiros necessários para repatriar seu corpo. A falta de informações da polícia holandesa e a necessidade de arrecadar uma quantia significativa para o translado do corpo deixam a família em situação delicada. A situação exige solidariedade e uma investigação transparente para que justiça seja feita para Taiany.
O caso destaca a importância de os brasileiros que residem no exterior estarem cientes das implicações financeiras em casos de falecimento, e da necessidade de planejamentos prévios para situações emergenciais. A busca por respostas e o apoio necessário para a família de Taiany são cruciais neste momento.
A comunidade brasileira na Holanda, assim como no Brasil, acompanha atentamente o desenrolar dos fatos e espera por esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte de Taiany, e uma resolução justa para a família.
*Reportagem produzida com auxílio de IA