O Guarujá enfrenta um aumento significativo de casos de virose desde o início do ano, com um crescimento de 42% em atendimentos de pronto-socorro em relação a dezembro, quando mais de 2 mil pessoas foram atendidas. A situação gerou preocupação entre autoridades e moradores.
Segundo a prefeitura, a maioria dos casos (mais de 95%) é causada por vírus como norovírus, rotavírus e adenovírus. Contudo, bactérias, parasitas ou alimentos contaminados também podem ser a causa. Exames foram enviados ao Instituto Adolfo Lutz para determinar a origem do surto.
A Secretaria Municipal de Saúde do Guarujá reforçou a infraestrutura das UPAs Enseada e Rodoviária, adicionando um médico e um enfermeiro desde 3 de janeiro. Embora o tempo de espera tenha diminuído, ainda ultrapassa uma hora em alguns momentos, afirma a pasta. As Unidades de Saúde da Família (USFs) em Jardim dos Pássaros, Vila Rã e Cidade Atlântica ampliaram seu horário de funcionamento para 22h, sem necessidade de agendamento.
Além do Guarujá, moradores e turistas em cidades vizinhas como Santos, Praia Grande e São Sebastião também relataram sintomas gastrointestinais. Os sintomas comuns incluem diarreia, vômitos, dor abdominal, febre, náuseas, dores musculares e de cabeça.
"Para prevenir a contaminação, é fundamental lavar bem as mãos e os alimentos, evitar consumir produtos de origem desconhecida, principalmente gelo, ou expostos ao sol, evitar aglomerações e preferir ambientes ventilados."
concluiu Marco Chacon, coordenador da Vigilância Sanitária do Guarujá.
Para aliviar os sintomas, recomenda-se repouso e hidratação com água ou isotônicos, além de evitar leite e derivados, café, refrigerantes, comidas gordurosas, cruas ou grãos. A recomendação é procurar orientação médica caso os sintomas persistam por mais de 12 horas.
A Sabesp, em nota, informou ter tomado medidas para verificar as demandas da prefeitura e forneceu esclarecimentos à Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A companhia afirma monitorar o sistema de esgoto da Baixada Santista, reconhecendo que chuvas fortes podem sobrecarregá-lo devido ao lançamento irregular de águas pluviais. A Sabesp relatou um vazamento pontual de esgoto na Praia da Enseada, resolvido com limpeza e higienização, descartando relação com o surto de viroses.
A companhia não se pronunciou sobre a possibilidade de esgoto clandestino na área.
GuarujáviroseMarco ChaconSabespInstituto Adolfo Lutz*Reportagem produzida com auxílio de IA