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Modelos protestam contra uso da palavra 'modelo' para se referir a garota de programa

O envolvimento de mulheres com figuras públicas, como o recente caso da "garota de programa" associada ao jogador Neymar, acendeu um debate sobre o uso indevido de termos como "modelo" na mídia. O episódio, que gerou polêmica nas redes sociais, foi responsável por uma onda de indignação de profissionais da moda, que se sentiram ofendidos com a maneira como o termo "modelo" foi utilizado.


Divulgação

De acordo com Anderson Baumgartner, diretor da agência de modelos WAY Model, a associação entre a profissão de "modelo" e outras ocupações, como a de "garota de programa", não faz sentido, pois as atividades de ambas são completamente distintas. Para ser considerado um modelo, é necessário ter envolvimento com a indústria da moda, participando de editoriais, campanhas publicitárias e desfiles, por exemplo. Baumgartner critica a falha da mídia em distinguir essas funções, o que, segundo ele, cria uma imagem distorcida da realidade.

Esse erro de classificação não é exclusivo da área da moda e levanta questões mais amplas sobre a responsabilidade da mídia em rotular e representar corretamente as pessoas. Baumgartner usa uma analogia interessante ao comparar a situação com o ensino, onde não se chamaria um professor de "ginasta", ressaltando a importância de usar os termos de forma precisa para evitar confusões.

Além disso, o episódio também destaca a forma como mulheres que se envolvem em escândalos com celebridades são frequentemente tratadas pela sociedade. Muitas vezes, essas mulheres são reduzidas a estereótipos e são julgadas com base em suas associações, sem que seus próprios méritos ou trajetórias sejam reconhecidos. Em muitos casos, o estigma criado pela mídia torna-se mais forte do que a realidade de quem elas realmente são, dificultando o processo de reabilitação da imagem e a construção de uma narrativa mais justa.

O caso também levanta uma reflexão sobre o papel da mídia na formação de opiniões e no impacto que o uso de certos termos pode ter na vida das pessoas envolvidas. A associação equivocada entre "modelo" e "garota de programa" não apenas desmerece a profissão de modelo, mas também contribui para a marginalização de mulheres que se veem envolvidas em escândalos públicos. Nesse contexto, é fundamental questionar os padrões impostos pela sociedade e buscar uma compreensão mais aprofundada sobre as diversas formas de atuação das mulheres em diferentes esferas sociais.

Portanto, ao invés de condenar ou rotular mulheres com base em sua associação com figuras públicas, é essencial que a mídia e a sociedade, em geral, promovam um debate mais consciente e respeitoso, levando em consideração a complexidade das situações e evitando a criação de estigmas prejudiciais.

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