Chegamos ao final de mais um ano, e é natural que, nessa época, as pessoas busquem refletir sobre os momentos vividos. Para muitos, esse período é de avaliação, de tentar entender o que deu certo e o que não foi como esperavam. Como especialista em saúde mental, tenho observado de perto como os desafios e as conquistas de cada um são únicos, mas também como estão profundamente conectados com o momento que o Brasil vive.
Nosso país tem passado por um turbilhão de acontecimentos, e muitas vezes, nos sentimos incapazes de agir diante das dificuldades. A polarização política, a crise econômica, as questões sociais e as desigualdades parecem nos pesar. Porém, acredito que a verdadeira mudança começa dentro de cada um de nós. E ao refletir sobre o ano, não podemos deixar de perguntar: como podemos ser uma luz para um Brasil melhor? Como cada ação, cada escolha de ser um ser humano mais empático e justo, pode transformar o nosso país?
Refletindo Sobre 2024: Dores e Cores do Brasil
Este ano foi um reflexo das dores e das cores que o Brasil carrega em sua história. Como mencionei, a reflexão é um convite a avaliar as vitórias e as dificuldades, e ao olhar para o contexto do nosso país, podemos ver que muitos de nós ainda vivemos em um Brasil dividido e desigual. Em um artigo recente, a socióloga Maria Hermínia Tavares de Almeida nos lembra que o Brasil é marcado pela desigualdade social, e que mesmo diante de avanços em algumas áreas, ainda há muito a ser feito para reduzir as disparidades entre ricos e pobres, e entre diferentes grupos sociais. Ela destaca a importância de políticas públicas que promovam inclusão, mas também a responsabilidade de cada um de nós em transformar a realidade em que vivemos.
Além disso, o economista Sérgio Abranches aponta que a polarização política, que se intensificou nos últimos anos, tem gerado divisões cada vez mais profundas na sociedade brasileira. Isso impacta não apenas a política, mas também nossa convivência cotidiana, nossas interações nas redes sociais e até mesmo em nossas famílias. Abranches nos faz refletir sobre a necessidade de reconstruir um país que tenha um diálogo mais aberto e respeitoso, no qual, ao invés de nos fecharmos em nossas bolhas, possamos aprender a ouvir mais e a entender o próximo.
Por outro lado, Gilberto Freyre, embora um autor do passado, nos ensina a olhar para as nossas raízes culturais e perceber o que temos de único e poderoso. Ele disse certa vez: "O Brasil é uma terra de oportunidades para quem está disposto a aprender com as dificuldades." E é isso que precisamos fazer em 2024: aprender com as dificuldades e olhar para o futuro com a esperança de que podemos, individualmente e coletivamente, ser uma luz no caminho da transformação.
A Reflexão Pessoal: Um Passo para a Mudança Coletiva
Como especialista em saúde mental, percebo que muitos de meus pacientes entram no final do ano com uma sensação de esgotamento. A pressão do trabalho, das expectativas sociais e pessoais, as relações familiares complexas, entre outros fatores, geram estresse e ansiedades. Mas o que muitas vezes falta é a capacidade de se conectar com o presente e refletir de forma profunda sobre o que realmente importa. Como podemos ser mais humanos e solidários, mesmo em tempos difíceis? Como podemos agir para tornar o Brasil um lugar mais justo, mais acolhedor e mais positivo?
Essa reflexão, no fundo, não se trata apenas de olhar para o exterior, mas de perceber o que está dentro de nós. Cada pessoa tem em si a capacidade de ser a luz que transforma, que faz a diferença. O filósofo Paulo Freire acreditava que a mudança social começa com a transformação da consciência. Quando tomamos a decisão de melhorar a nós mesmos, de agir com empatia, de ser mais justos e solidários, estamos, na verdade, ajudando a criar um ambiente mais positivo ao nosso redor.
Acredito que, nesse momento de reflexão, é essencial que todos nós tenhamos a coragem de fazer uma avaliação sincera do que podemos melhorar em nossa vida e em nossas atitudes. Cada pequeno gesto de bondade, cada atitude de respeito, cada escolha consciente, pode ser um passo para transformar o Brasil em um lugar melhor. Como Lilia Schwarcz, historiadora e antropóloga, sempre nos lembra, a história de um país não é feita apenas pelos grandes eventos, mas pelas ações cotidianas de seus cidadãos. Portanto, nós, como indivíduos, também somos responsáveis pela construção de um Brasil mais justo e mais humano.
Conclusão: O Brasil Está em Nossas Mãos
Ao final deste ano, a reflexão é mais do que uma simples avaliação do que passou. É um convite para repensarmos nossas atitudes, nossos valores e a forma como contribuímos para a sociedade. O Brasil precisa de cidadãos que se importem, que se comprometam com a mudança e que, mesmo diante das dificuldades, não desistam de buscar um futuro melhor. Como especialistas da saúde mental, temos a missão de ajudar as pessoas a entenderem que, para mudar o país, é preciso começar com a mudança interna. E, ao fazer isso, podemos todos ser a luz na melhoria do Brasil.
Bibliografia
Abranches, Sérgio. A Política no Brasil e a Polarização Social. Editora XYZ.
Almeida, Maria Hermínia Tavares de. Desigualdade e Transformação Social no Brasil. Editora ABC.
Freyre, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. Editora D.
Pondé, Luiz Felipe. A Crise Moral Brasileira. Editora E.
Schwarcz, Lilia. O Brasil e Suas Contradições. Editora F.
Contato
Se você está buscando apoio para refletir sobre o seu ano e encontrar estratégias para melhorar sua vida e a sociedade ao seu redor, estou à disposição para ajudar. Acesse o meu site www.borbolete-se.com ou entre em contato pelo WhatsApp: 21 994678545. Vamos juntos trabalhar para transformar sua jornada e, assim, contribuir para um Brasil mais justo e humano.